Canto Serrano

A poeira sobe e com ela o meu pensamento

Estrada serrana do interior

Não há gente, não há ninguém

Aqui eu não existo!

Amores serranos vida tranqüila

Suspiro e doce-mel

Mãos dadas passos ligeiros cambaleantes

Estrada serrana não há ninguém – nem mesmo eu!

Praça, padre, confissão e quermesse

Folia, fogueira, bandeiras – forró

Mãos dadas passos incertos

Praça do interior não há ninguém – nem mesmo eu!

Pássaros, poeiras, estradas e riachos

Pastos não verdes - rebanho nenhum

Fotografias, cachoeiras – nunca estive

Pôr-do-sol melancolia – ociosidade

A poeira sobe e com ela o meu pensamento

Estrada serrana do interior

Não há gente, não há ninguém

Aqui eu não existo!

Natalino Oliveira
Enviado por Natalino Oliveira em 10/06/2005
Código do texto: T23630