HORIZONTE

Que farei dos horizontes,

Que se aproximam de mim,

E que, no entanto, não são mais horizontes,

Por estar perto, naquele jardim.

Que farei dos teus encantos,

Desta distância, por fim,

E que, no entanto, de se fazer em tantos,

Estão sempre a frente, assim, assim...

O que há em tuas entranhas,

Que o sol, o céu, o vento e a lua,

E até a noite, em suas façanhas,

Vem beijar a tua pele crua e nua.

Que pensar de ti, horizonte,

Que em tua mutável agonia,

Continua dia a dia

No mesmo lugar...No horizonte!

Mallmith
Enviado por Mallmith em 12/09/2006
Código do texto: T238106
Classificação de conteúdo: seguro