INQUEBRANTÁVEL
a lâmina de aço não corta nuvens
nem meu sangue fraco a enferruja.
mesmo com janelas e portas desnudas,
não me contamina o ar vindo da rua.
liberto no voo o santo e o sujo.
derreto com as chamas do lúdico
tudo aquilo que me faz ser duro:
sou o que sinto e não o que simulo.
faço-me faca e meu corte é profundo:
o que em mim degenera, eu desconstruo.
encaro deus e o diabo em meu submundo.
planto jardins, mas também crio túmulos.