Palavras ao vento

Palavras - flechas ininterruptas,

Brincamos com elas a todo instante.

Palavras extraídas de vozes suaves,

Camuflam o terreno seco de olhos impiedosos.

Palavras que nos prendem à fantasia de um paraíso inexistente.

Palavras que se transformam em lágrimas.

Quantos versos de vidro

Quantos corações corrompidos,

Diante da arte de um quebra-cabeça incompleto.

Quem as usará sem esquecer da mágica que as rodeia?

Por que não colorir um universo sem cor?

Por que não corromper um sentimento casto com palavras?

Mari Pinho
Enviado por Mari Pinho em 18/09/2006
Reeditado em 07/05/2019
Código do texto: T243559
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