Palavras ao vento
Palavras - flechas ininterruptas,
Brincamos com elas a todo instante.
Palavras extraídas de vozes suaves,
Camuflam o terreno seco de olhos impiedosos.
Palavras que nos prendem à fantasia de um paraíso inexistente.
Palavras que se transformam em lágrimas.
Quantos versos de vidro
Quantos corações corrompidos,
Diante da arte de um quebra-cabeça incompleto.
Quem as usará sem esquecer da mágica que as rodeia?
Por que não colorir um universo sem cor?
Por que não corromper um sentimento casto com palavras?