MAQUINAÇÃO - Em homenagem à poetisa Elen Nunes
Esta tua loucura embrionária
Que se remexe no colo uterino de tuas idéias
E que todo dia nasce curiosa e sem pressa
É um parto sem corte e sem dor
Mora em ti a louca que me encanta e me assombra
Com mil idades, reencarnada, possuída
De amores, estás cheia, e não cansa
Que mulher é esta que ousa ser tantas outras?
Não és mártir, não és santa, feiticeira!
Este teu coração brincante, acredita-se tambor
Retumba no peito dos que leem em versos tua alma
Que nos atravessa aos poucos, da luz à raiz
Ai, Ellen! Queria tanto presentear-te com um soneto... Mas não sei, não devo... Minha ousadia só ousou dizer-te estes versinhos sem traquejo algum, mas repletos de carinho! E rugem os leoninos! Rs!