Despedida

Andando por este jardim

Esperando a madrugada passar

Quase não há luz para iluminar este resto de papel

Tento fugir do tempo, escrevendo estes versos

Sem rima, sem nexo

Que apenas mostram o tédio desta maldita solidão

Não consigo fechar os olhos

Em noites de lua cheia como esta

Onde a melancolia se faz presente na morbidez de minha’lma

Desde que você se foi

Parece que metade de mim entorpeceu

Tento superar essa terrível saudade

Mas há cada lembrança que minha memória ousa guardar

É uma ferida que se abre em meu coração

Nestes versos derramo todas estas angústias que guarda meu peito

Escrevo estas ultimas palavras aliviando toda esta dor

Meu corpo esfria

O jardim já não é mais colorido e sim sombrio

Já não sinto mais o cheiro das rosas

Nem o papel em minhas mãos

Um vazio toma conta do meu corpo

Já é hora do fim desta madrugada e o começo de uma nova jornada

Adeus, solidão morre dentro deste coração

Enfim descanso entre as negras rosas deste jardim sombrio

Deixo para ti este velho papel com as heranças da minha vida: a dor, a saudade e a solidão.

MayaraS
Enviado por MayaraS em 18/09/2006
Reeditado em 30/01/2009
Código do texto: T243583
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