PENDURICALHOS

Em relimadas palavras / me vem um poema à mente,
Margeado em um ladário
De um antigo calendário
Na torre de um campanário / com um sino permanente!

As palavras de lembranças, vem como a descortinar
Num composto madrigal
Em momento trivial
Com alvores matinal / que faz a alma cantar!

Vai a pena escrevendo / e no papel discorrendo;
Seguindo da mão a regência
Que somente a inteligência
Com a sua anuência / tudo vai compreendendo!

Se para chegar ao alto /o poeta encontra lemas
Nas planícies ele corre
Montado num velho trole
Mantendo sob o controle / a direção do problema!

No cume da torre alta, há um segredo em questão
Acha-se num relicário
Antigo penduricalho
Do tempo, um espantalho / que assusta a população

No tinido de um sino / há desperta freguesia,
Vai-se o dia em desora
Palavras fora de hora
Sem nexo e sem demora / enfim termina a poesia!