Disco Solar da Sabedoria Divina

Sol, toda noite choras

Tingindo os belos olhos de cor rubra

Quando, refletindo-te no mar,

Te alcança a morte prematura.

Mas renasces no esplendor antigo,

Glória deste mundo obscuro,

No reerguer-te matutino,

Como herói soberbo e vencedor.

Oh! Como poderia então lamentar-me,

Como, meu coração, pesado ver-te,

Se deve fraquejar o próprio Sol,

Se deve o Sol se pôr?

E se a morte só vida gera,

Dores só alegria trazem:

Oh como sou grato à natureza

Por tais dores nobres me ter dado!

Marcelo Gomes
Enviado por Marcelo Gomes em 21/09/2006
Reeditado em 04/10/2006
Código do texto: T245567