Cadeado Mágico

Hoje acordei sem saber o que fazer

Sem saber o que falar, o que expressar

Sem temer a dor da consciência

Sem lutar contra minha própria paciência

Tranquei minha caneta e meu papel

Em um quarto escuro, sem objeção

Sem nenhuma noção de onde estaria

Sem nenhuma noção de como voltaria

Um único fim, sem limite nem segurança

Partindo sozinho pela estrada da esperança

Um calabouço de segredos trancafiados

A revolta de um ser desacreditado, desconfiado

Uma estrada esburacada, cheia de precipícios

Cheia de princípios, e o mundo girava a minha frente

A derrocada de um ser sem limites, descontente

E o tempo que corria de repente

E tudo era paz, imensidão

Era um vulto entre mil desejos

Era o surto de vários lampejos

De dor, de amor, de solidão.

Igor Magalhães
Enviado por Igor Magalhães em 28/08/2010
Código do texto: T2465260
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