Minha campina
Este verde que invade meu olhar
Sem pedir licença
Eu que vivo na crença de
Neste verde te encontrar
Este azul quebrado
por um branco divino
E um amarelo menino
Vertendo no meu plantar
Estas cores tão vivas
Das flores hospitaleiras
Enfeita a morena brejeira
Depois vem me ninar
Nesta minha parecença
Aves em tons dissonantes
Tantas árvores cantantes
Ficam sentindo o bailar
O ventinho assobia
No cantinho da minha orelha
Ouço ao longe ovelhas
Que balem sem parar
Este é o fiel retrato
Da minha campina
Que desde muito menina
Fico no sonho a contemplar
Júlia Rocha