HOMEM...
Homem...
Que me desdenha
Com estupefação
Do teu medo
Medo felino
Que me segue
Em caminhos titubeados
Pela "pupa" dos
Teus olhos
Homem...
Que contorna a parafina
Que se queima da
Geografia do meu corpo
Com a delicadeza dos
Teus beijos
A sorrir sobre o zimbro
Que cai em meu telhado
Homem...
Porque procura respostas
Para teus conflitos
Na alma insana de uma poetisa
Que anda em sentido contrário
A caminho de sua decadência
Homem...
Onde está tua coragem
Não pode estar em meus passos
Tais deles são falsos e prematuros
Homem...
Onde está o teu amor
Não pode estar em meus lábios
Tais deles são frios como a visita
Da morte ao convalescente
Homem...
Onde está o teu ego
Não pode estar em m'alma
Esta é só sentimento
Homem...
Onde está tua razão
Onde procura abraço
Para aconchegar
Tuas dores
Em que rosto angelical
Você deixará escorregar
Tuas lágrimas
A escorregarem hoje na superfície
Dos teus olhos em silêncio
Ao me deitar só
Homem...
Não corra até os campos
Não busque as folhas
Das árvores secas
Não procure amor na
Alma de uma poetisa
Que nasceu do
Desamor.