HOMEM...

Homem...

Que me desdenha

Com estupefação

Do teu medo

Medo felino

Que me segue

Em caminhos titubeados

Pela "pupa" dos

Teus olhos

Homem...

Que contorna a parafina

Que se queima da

Geografia do meu corpo

Com a delicadeza dos

Teus beijos

A sorrir sobre o zimbro

Que cai em meu telhado

Homem...

Porque procura respostas

Para teus conflitos

Na alma insana de uma poetisa

Que anda em sentido contrário

A caminho de sua decadência

Homem...

Onde está tua coragem

Não pode estar em meus passos

Tais deles são falsos e prematuros

Homem...

Onde está o teu amor

Não pode estar em meus lábios

Tais deles são frios como a visita

Da morte ao convalescente

Homem...

Onde está o teu ego

Não pode estar em m'alma

Esta é só sentimento

Homem...

Onde está tua razão

Onde procura abraço

Para aconchegar

Tuas dores

Em que rosto angelical

Você deixará escorregar

Tuas lágrimas

A escorregarem hoje na superfície

Dos teus olhos em silêncio

Ao me deitar só

Homem...

Não corra até os campos

Não busque as folhas

Das árvores secas

Não procure amor na

Alma de uma poetisa

Que nasceu do

Desamor.

Fany Caruso
Enviado por Fany Caruso em 05/09/2010
Código do texto: T2479658
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