Mãos no Vento

Trago no afago do vento,

perfumes das auroras,

renuncias das lembranças

que foram embora

Meu horizonte é muro sem vigias

composto de malhas

que fenecem em suas falhas,

como o céu que se aprofunda

num passado que se arrasta noite a fora.

Quando tudo é tão tudo

e ao mesmo tempo é nada,

equilíbro a rebeldia do tempo

no consumo das horas,

onde minha alma se reveste de paz

Conceição Bentes

09/09/10

Conceição Bentes
Enviado por Conceição Bentes em 09/09/2010
Reeditado em 09/09/2010
Código do texto: T2486911
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