E aqui dentro... a Falta

Como um solo infértil, sem essência

Ou qualquer condição de vida e não

Há quem respire alegria: é onde o brilho de teus olhos não alcança...

Essa luz fugas que por muito segui

Já significa nada e está, pois, esquecida

Dentro em mim: como que adormecida

Contudo respira e, portanto, vive...

E quanto a mim, inconseqüente – inconsciente,

Dito minhas passadas na cadência desta pulsação

Que em meu âmago, há muito enterrada,

Resiste a martelar, inda que suavemente,

Contra o peito meu. E se faz presente em cada momento

como se de intento eu já não sorvesse... E como se vidente,

Impelido por renovado sopro de vida originário de ti,

Ressurge, como farol no horizonte após a forte tempestade

Ter-me tomado o rumo.

E esta luz incandescente são teus olhos a encontrar os meus

E teu cheiro a acariciar meu rosto. São teus dedos a varrerem minha face

E, em única passagem, deixarem a marca perpétua de teu calor junto ao

Meu corpo...

Arya
Enviado por Arya em 09/09/2010
Reeditado em 31/03/2011
Código do texto: T2488601
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