Vejo o mundo em preto e branco
Diga-me onde foi que eu quebrei?
não sou como era antes.
Transmito a cores, perto do azul,
mas vejo o mundo em preto e branco,
meu cinema aqui é mudo.
Eu estou no camarim,
observando como se movimenta,
em câmera lenta,
o mundo e as pessoas sem destreza,
de decidir o que querem.
Todos são submetidos pelos metidos,
que pensam saber o que te faz melhor,
sem saber ao menos,
no mínimo o que é o melhor pra si,
hipocrisia estilo de vida.
Me apontaram um caminho,
e eu disse jamais,
ouvirei o conselho de um santo,
não faço parte do rebanho,
sou ovelha desgarrada.
E de tanto eu não ser menina sua,
me difamou chamou de menina da rua,
eu não ando quase nua,
o dito cujo nunca vai me conquistar,
por que pensa que pode.
O pretensioso me dá repulsa,
o meu coração no peito agora pulsa,
meio descompassado afobado,
abobalhado como a minha cara,
tentando agradar alguém.
Quem não me vê além do rosto,
Vejo meninas no exterior fingindo ser lindas
mas por dentro há enferrujem e amarguras,
a cabeça está vazia,
mas o batom vermelho está nos lábios.
Eu admiro quem arruma a casa por fora,
limpa o jardim e rega as plantas,
mas está muito além disto,
beleza pra mim é conteúdo,
não está na aparência.