Vejo o mundo em preto e branco

Diga-me onde foi que eu quebrei?

não sou como era antes.

Transmito a cores, perto do azul,

mas vejo o mundo em preto e branco,

meu cinema aqui é mudo.

Eu estou no camarim,

observando como se movimenta,

em câmera lenta,

o mundo e as pessoas sem destreza,

de decidir o que querem.

Todos são submetidos pelos metidos,

que pensam saber o que te faz melhor,

sem saber ao menos,

no mínimo o que é o melhor pra si,

hipocrisia estilo de vida.

Me apontaram um caminho,

e eu disse jamais,

ouvirei o conselho de um santo,

não faço parte do rebanho,

sou ovelha desgarrada.

E de tanto eu não ser menina sua,

me difamou chamou de menina da rua,

eu não ando quase nua,

o dito cujo nunca vai me conquistar,

por que pensa que pode.

O pretensioso me dá repulsa,

o meu coração no peito agora pulsa,

meio descompassado afobado,

abobalhado como a minha cara,

tentando agradar alguém.

Quem não me vê além do rosto,

Vejo meninas no exterior fingindo ser lindas

mas por dentro há enferrujem e amarguras,

a cabeça está vazia,

mas o batom vermelho está nos lábios.

Eu admiro quem arruma a casa por fora,

limpa o jardim e rega as plantas,

mas está muito além disto,

beleza pra mim é conteúdo,

não está na aparência.

Nina Blessed be
Enviado por Nina Blessed be em 12/09/2010
Reeditado em 06/06/2011
Código do texto: T2493311
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.