Ao Meu Natural

Sou o que sou,

Não o que eu queria ser

Volto à natureza que me dá prazer.

Volto ao natural, ao meu normal

Nada fenomenal,

Um ser humano em seu estado natal.

Volto a ser o que eu sempre quis,

O que eu nunca deixei de ser

Aqui dentro de mim.

Volto a ser o que você me diz,

O que me faz feliz.

Volto ao meu ser sem contradição,

Saí da rua na contramão,

Mudei o destino pro qual sei chegar,

Voltei pra rota que eu posso traçar.

Mudei de estrada, pulei o muro,

No meu quintal eu estou seguro.

Tirei os óculos, pois enxergo bem.

E agora, só, eu vou muito além.

Sinto o fogo que queima minhas veias,

Sinto em minha boca o gosto da areia,

Da poeira que sobe do galope

Da minha presa que em minha frente corre.

Sinto o cheiro de sangue novo,

Sinto o poder em meu corpo.

Sinto de novo que sou eu,

Muito pior do que nos olhos teus.

Sinto tudo, mas não sinto nada.

Não sinto arrepios, não sinto calafrios.

Não sinto mais quando você pensa em mim,

Não sinto mais que deixei de ser assim.

Sinto nada, mas eu sinto tudo.

Sinto a vontade de ganhar o mundo,

De correr sozinho, de ser o melhor.

Sinto a vontade de sempre estar só.

Sozinho na mente, sozinho na vida.

Senti de repente que é hora da partida.

Senti minha alma se acomodando em mim.

Senti minha explosão...

Me libertei, enfim!

Walter Vieira da Rocha

13 de setembro de 2010 às 12h10.

Walter Vieira da Rocha
Enviado por Walter Vieira da Rocha em 13/09/2010
Código do texto: T2495212
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