Não me chamem de poeta

Não me chamem de poeta, oh não,

Que eu não tenho acesso às cortes...

E não trago à manga ditos espirituosos,

Com o bobo não rivalizarei as atenções.

Só quero estar-me ao chão de folhas secas

E contra o farfalhar dessas recordações

Trilar a minha tosca flauta...

— E quem de longe ma ouça,

Do longe de onde não possa ouvir,

Adivinhe-me um outro sonho que não tive,

Aquente o coração, sinta que a vida

Valha mais que recordar...

E tudo isto deitando-se ao chão,

Que o Povo possa sonhar.

wsdafae
Enviado por wsdafae em 25/09/2010
Reeditado em 23/10/2010
Código do texto: T2518927