Quase Puro

Eu, somente uma criança

Fui deixando esse mundo me ensinar

Fui aprendendo a perder

Aprendi a amar a solidão, a dizer adeus

Fui escolhendo pessoas estranhas pra dançar

Essa valsa amaldiçoada, de escuros versos

Anjos da babilônia, essas lacunas no tempo

Onde quer que haja a luz... lá eu quero ir

Eu fui andando pelos seus jardins desfigurados

Molhados com lágrimas... atemporais

Luz da lua sobre os pobres espíritos cansados

Poemas esquecidos sobre as ruas da iluminação

Madalena chorando... três dias na desesperança

Deuses calados, feridas constantes na alma da Terra

Telas abstratas jorrando pétalas de irrealidade

Cante comigo essa última canção... O fim logo vem