Êxtase

Quando estou quase dormindo, no ultimo piscar,

Me vem de repente um verso, uma rima me acordar.

Penso em mil poesias. Todas tortas, todas livres...

Nao. Nao penso. Elas me surgem e me pensam...

Todas as angustias, os medos, os traumas me deixam.

Mesmo minha alegria me deixa. Não sou eu...

É a poesia que existe em meu corpo, em súbito dominio,

Borbulha e exala em meus poros toda a sensibilidade.

Quase levito em extâse de inspiração!

Tão doce! Não ser eu. Ser verso, desses levianos.

Desses que não se importam com regras...

E são divinos! Supremos, sensacionais!

Então no climax dessa troca, também de súbito,

Durmo.

Profundo sono. quando acordo pela manhã luzente,

Não me recordo de nada, senão dessa doce sensação

Não de ser poeta, mas de Estar poeta...

Camila Cabral
Enviado por Camila Cabral em 08/10/2010
Reeditado em 12/10/2010
Código do texto: T2545307
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