Oficio do milagre

O dia acordou meu corpo

aturdido e ainda cansado

da pressa que ontem passou.

O relógio, sequer, marca

seis horas da manhã, e, comigo,

carrego na mala, o ofício do milagre

de viver mais um dia

(em seu afã.

Não esqueça meu coração, quando a noite

cair sobre a fadiga do meu corpo pálido,

o viço pungente, da ternura

que – subitamente – nascera

(no azul dessa manhã.

cristovam melo
Enviado por cristovam melo em 15/10/2010
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