De repente, paixão.

Sei que quando me olhar, minha pele rosada irá ficar.

Sei que não poderei evitar.

Meu desejo, doido, enlouquecedor, de assim como você, devorar com o olhar.

Teu sorriso branco e largo me encanta. Timidamente, me encanta. Gosto de suas sutilezas.

Sei que quando nos olharmos, esperançosos, por nosso encontro, ansiosos por essa troca, nossas peles vão rosar. Timidamente de atração.

Fixa seu olhar no meu, eu deixo. Eu deixo me olhar.

Fixa seu olhar na minha boca, eu deixo. Eu deixo você provar.

Anseio, desejo... Nós, você, conhecer, tocar.

Fixa seus lábios rosados, apetitosamente em minha boca. Eu deixo.

Encoste sua pele misteriosamente ainda desconhecida na minha. Eu deixo.

Eu quero.

Eu quero loucamente acabar com essa insônia, que me leva em longas noites sem sono com pensamentos em você, em nós.

Eu quero loucamente acabar com essa distância, nossa distância extremamente contraditória de tão pequena.

Estava tudo tão normal até nossas palavras, soltas, leves e supostamente tolas se cruzaram umas com as outras. Tornaram-se mais intensas. Tornaram saudades, tornaram vontade.

Eu jamais poderia acreditar em encontrar alguém assim, como você, de repente.

Eu desperdicei por anos o meu tempo com infelicidades.

Aqui estamos finalmente, desperdiçando nosso tempo.

De repente, de repente.

Talvez eu te ame pra sempre, e estaremos vivendo.

Estava tudo tão normal antes.

De repente, era eu, sozinha.

De repente, era você, sozinho.

De repente, você.

De repente, você nos meus pensamentos, nas noites, nos dias.

De repente, éramos nós.

De repente, paixão.

Carolina Hanke
Enviado por Carolina Hanke em 20/10/2010
Reeditado em 26/07/2012
Código do texto: T2568761
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