O homem
Sou o que sou não me importa o que pelo mundo sou julgada
Vivo o que me é concedido viver sem lamentações.
Sem grandes ambições dentre outros seres serei humilhada,
Se tenciono almejar algo mais forte apresentam-me desilusões.
Rico é o mundo, pobre é a humanidade
Forte é o sábio, fraco e insolente é seu irmão
Não se vive em fraternidade
Ambiciona-se apenas um falso perdão.
Eleva-se o EU mais concreto ao ápice da vitória
Destrói-se o EU imaterial pela raiz mais profunda
Visa-se apenas a materialidade efêmera da história
Não se vê a beleza latente do nosso belo mundo.
Orgulhamo-nos de fatos e realizações lógicas
O sentir vaga a procura de um coração
Não se percebe que sem amor o fim é trájico
E nos deixamos levar pela vida sem razão.
Quão inocente é o ser racional da terra
Julga-se feliz e realizado totalmente
Não vê a tristeza que encerra
A sua bomba que a tudo destrói cruelmente.
Afastando de si a beleza racionalplena, real
Admite-se como sendo a perfeição do mundo
Não enxerga o tão grande mal
Que lhe causa ferimento profundo.
Sonha consigo mesmo num êxtase infundado
Egocêntrico ser margeando a sarjeta na enxurrada
Ente orgulhoso por si mesmo maltratado
Tem sua vida tão promissora consumada.