[04h36... A Catarse, Onde...?]

À noite, quando a solidão

torna ainda mais ásperas

as duras escamas do silêncio,

nos sonhos, o desejo

chega a ser corrosivo...

O corpo é cobra mal matada;

indócil, revira-se nos lençóis,

e desperta, sequioso...

Olhos parados na penumbra,

eu sei: o teto é mau conselheiro,

não me oferece saídas...

Um carinho, um abraço —

um crisol, a catarse, onde?

Anda longe, tão longe...

[Penas do Desterro, 24 de outubro de 2010]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 24/10/2010
Reeditado em 21/12/2010
Código do texto: T2575115
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