Árido e arrítmico
Meus olhos cismam fora da minha cabeça,
Estes meus olhos que vazaram e que escorrem
Com uma pressa estagnada, de repetida:
Imagens fluidas, por onde as solidões correm.
Cascata dos meus sonhos, tombando de mim,
Ainda voltareis, após evaporada?
Ah, por que se calam as sombras das espumas
Com o estampido do escapamento do Nada?
Meus olhos, nunca fostes meus...
O próprio abismo sois, fitando-se a si mesmo...