em velho sendo
Fui generoso com o tempo hoje.
Dei-lhe horas sem preocupar-me com as minhas.
Atravessei décadas e meninices de outrem.
Conjugando o futuro do presente sem erros.
O relógio, como escravo, se fez cego.
Em seu caminho, já feito, caminhou.
Arrastando sua muleta numa rua circular.
Segundo os minutos horários.
A me ver com traços do tempo carimbados na face, eu vi.
Não só olhei!
Observei as mãos, os pelos, o olhar já não tão espelhos ao sol.
Um eu todo já fazia parte do meio, degradável.
Uma recompensa o tempo me deve.
Ou não?!