FRAGMENTOS

Um dia me olhei no espelho

E não me vi.

Não vi a minha imagem

Refletida.

Na verdade

Vi a minha história

Espalhada pelo caminho

Que segui

Entre o absoluto

E a banalidade.

Fragmentos

Uns aqui, outros ali.

Que formavam um eu

Sem forma

Ou que só davam forma

Ao que senti.

Tentei juntar os pedaços

Mas o caminho era longo

E eram muitos fragmentos

Desencontrados, sem encaixe,

Entre os que vivi

E os que imaginei viver.

Era um contínuo jogo

De fatos que se chocavam

Em viagens de adestramentos

Perdidas pelo caminho

Nas ruas de toda vida.

A censura á espreita a cada passo

Do próximo passo...

E de repente eu me vi

Num canto mais distraído da vida

Encoberto em um céu secreto

Entre as extravagâncias

E os cinco sentidos...

E vi no meu rosto,

Onde escorria o tempo,

Toda a minha ânsia de viver

De crescer

De renascer

Criando-me e

Recriando-me

Sem nunca conseguir

Ser plena, inteira,

Por isto, fragmentada,

Mas vivendo...

Sendo...

Amando...

Marsoalex
Enviado por Marsoalex em 04/11/2010
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