Papel...

Do barulho das idéias

Ao silêncio escandaloso da inspiração

Nada!

Nem sopro!

Nem vento!

Nem brisa!

Nem faísca!

Ausência

Silêncio

Que faz o poeta

Ansiar

Desejar

E sonhar

Com as palavras perdidas ao vento

Sem que ele as possa tocar

Encontrar

Enamorar-se

E delas fazer uma obra!

No silêncio

Só resta ao poeta

Uma pilha de papéis amassados

Um nó ansioso no peito

E o papel em branco

Sobre o banco

Sozinho

Solitário

O vento se agita

O papel se vai para longe

Em busca de novo poeta

E bela inspiração!