O DESTINO E O ACASO

O Destino e o Acaso

tiveram um encontro inusitado.

Em uma curva da estrada,

os dois se encontraram,

Lado a lado.

O Acaso se espantou

ao ver o Destino

ali parado.

E foi assim que os dois

tiveram este diálogo engraçado.

O Acaso, admirado,

sentiu-se desorientado

e assim que se refez do susto,

perguntou, sem mais demora:

- O que fazes nesta estrada,

Amigo Destino?

Não vês que ainda é madrugada?

- Pois tenho aqui um manuscrito

onde tudo está escrito.

- E posso saber do que se trata

ou isso é uma missão ingrata?

- Como Destino,

Eu sigo o meu caminho

e não posso voltar atrás.

Este é o meu martírio.

- Eu, ao contrário,

tenho missão arbitrária.

Posso estar aqui agora

ou em outro lugar,

se for o caso.

Por isso me chamo Acaso.

Apareço e desapareço

tão de repente,

como neste caso.

- Pois eu tenho uma missão

a cumprir e desse encargo

não tenho como fugir.

- E se tentasses persuadir

quem te faz o destino cumprir?

- Isso eu não posso fazer.

Quem escreve os manuscritos

não me deixa ler.

-- E se trocássemos os papéis,

Alguém iria perceber?

- Eu posso chegar por Acaso

Onde o Destino precisa intervir.

E você como Destino,

poderia descansar e dormir.

- E assim combinados,

os dois partiram animados.

O Destino mais descansado,

deixou que o Acaso decidisse

mais um caso,

que cabia ao Destino,

mais uma vez, decidir.

Por isso,se alguém disser

“ Que foi o Destino que não quis”,

Pode ter sido o Acaso

Que deixou o Destino dormir.

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Débora Benvenuti
Enviado por Débora Benvenuti em 06/11/2010
Reeditado em 10/07/2012
Código do texto: T2601008
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