O sapo

O sapo estava só.

Ele nem sentia a solidão de seus dias.

O fato é que o sapo sempre andou só.

Seus amigos se foram.

E com eles suas dores.

Seus sabores.

Os amores.

Ficou só, o sapo.

Um monólogo de sapo,

Coisa de teólogo sapo.

O sapo é sapeca, arranjou uma perereca.

Nem liga para o que se diz dele.

O sapo viveu sua vida de sapo.

E eu, vivi a minha de gente.

Roosevelt leite
Enviado por Roosevelt leite em 11/11/2010
Código do texto: T2610154
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