O preço que se paga pelo acaso

O preço que se paga pelo ocaso

Desde o dia em que aquele ar entrou pelos meus pulmões afora não fui mais a mesma. Presa com idéias entaladas na garganta. Uma dor que me espanta e uma cicatriz na memória.Cresço a cada dia por detrás das árvores secas do meu quintal enlameado do inverno de lágrimas que me cerceiam,vou seguindo sem tempo de refletir idéias sóbrias.Me vem dores,pensamentos sem cores,poemas são especialidades,e a realidade?Bom,esta fica em segundo plano.Sempre descalça a beira da praia,sinto a brisa que corre do vento e o gelo que vem do mar. E é tão bom navegar...Será que eu consigo governar o barco?A maré está forte, uma onda de calor me Leva à morte. Perfeita?Não sou. Dizem que sou louca. Sinto que sou. Versos não são produto da minha imaginação fértil,versos são resultado de minhas intempéries.será que tem sentido tudo que tenho dito:no meu quarto,no meu escritório,no meu dormitório,nas ruas que passo.às vezes tenho reações ilógicas,sem apuração mais aprumada.O leme quebrou e eu estou sem rumo.Ao escrever versos insanos me denuncio sutilmente,me faço gente.Me erro demente,até parece que sou inconseqüente,leio cada pedaço de escrita que sai desta caixa de idéias chamada cérebro.Ou será célebre?Cruzo os braços em meio a rimas mal elaboradas, mas se me bato com uma palavra mal-estruturada, aí eu me corrijo,viro mosquito zumbidor nos meus próprios delírios,me pego pensando se fico bem de azul ou de rosa .Me pego procurando respostas.Eu nem sei se estou no caminho certo.Estou mesmo inquieto,sem teto,entregue nos braços do acaso.Esperando e apressando o ocaso!Tudo por conta de um arcabouço do tempo.

Texto para ser lido,comentado e reelaborado.Aceito sugestões para acréscimos,retiradas,etc.