Estalando os dedos
Em homenagem aos meus dias que cheiram a mais pura ansiedade
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As Ondas não pensam mesmo
e o Vento não se apressa nunca
Nenhum pássaro se preocupa
só de for com o tom e a chuva
Somos mesmo tão insignificantes
Dentre tantas nuvens mansas
e jardins bem pacientes
Nós mal podemos esperar nossa estação
Adiantamos os esboços e a paixão
só pra nos preparar pras dores
que talvez nem sofrêssemos
E para a ardência dum sol que ainda está por nascer
Talvez seja esse o nosso jeito
esse frenesi de quem está atrasado
ou só a doçura da vida provando
o quanto é breve nosso andar agitado