EI, DEUS!

Muitos foram proibidos de falar sobre ti.

Outros te odiaram sem motivos, não te conhecem.

Milhares lotam lugares para te adorarem.

Não sabem o que fazem.

A pedra de Lázaro ainda está no mesmo lugar.

Ninguém mexeu nela até hoje.

As mãos se cansam de segurarem sua fé.

O homem não crê em ti.

O vidente viu:

Havia catedrais de cristais,

Liturgias em jornais,

Missas no rádio,

Televisão, dinheiro, e céu.

O bobo da corte jogou-lhe uma pedra,

Tiro certeiro, não restou um caco inteiro.

Pobre fé sem coração.

Ele amou o africano,

Não abandonou o haitiano,

Come com os ciganos.

Abraça as lésbicas e os gays.

Não faz diferença.

Com as prostitutas e malfeitores,

De impostos cobradores,

Fez ele seu templo.

Andou uma milha até chegar a você.

O seu dinheiro os pregadores levaram.

Muitos que falam dele cobram por isso.

Preferiu ser um carpinteiro.

Neste mundo o derradeiro.

Mas, amou o mundo inteiro.

Ei, Deus! Onde está você?

O vidente viu Deus sentado debaixo de um cajueiro.

Comia caranguejo e tomava cerveja.

As pessoas passaram e nem notaram.

Um pregador o evangelizou com várias passagens bíblicas,

Deus foi intimado a se converter.

Deus se levantou pagou a conta e sumiu.

Deus não é batista,

Nem budista ou xiita.

Deus é um freguês da barraca de caranguejos de seu Fiel.

Roosevelt leite
Enviado por Roosevelt leite em 30/11/2010
Reeditado em 23/04/2014
Código do texto: T2646150
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