COLHEITA DE VERSOS
Na passagem da poesia,
Um aceno de paz,
Chamando por mim.
Seguro firme, nas mãos do vento,
Para que o tempo resgate os versos,
Perdidos dentro do sim.
São versos tristes, de rimas mornas,
Plantados na acidez do solo,
Germinados no breu do anonimato.
Reinvento então sementes de versos,
Enxertadas em canteiros férteis,
Regadas nas águas dos temporais.
E assim, floresce em mim
Versos fortes, decididos,
Colhidos no amanhecer da terra,
Na interação de nós.