O malabarista de Éfeso

O caminho dos pintores, reto e curvo, é um e o mesmo.

Heráclito.

O rio flui inapelável

e corta o pensamento.

A vida recolhe estilhaços

na luta que não tem deslizes.

O dia há de raiar

e a noite vai atroz.

O amor sai de si

estanque, sepulto,

enjambrando sentimentos.

Uma mulher quer amar,

durante quinze versos

e onze rimas.

E o malabarista leva seu jogo

ao extremo oposto da vida,

na cilada que se renova.

Ton Machado Guimarães
Enviado por Ton Machado Guimarães em 14/12/2010
Reeditado em 21/06/2016
Código do texto: T2671155
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