Desfolhas
Desfolhas
Na vida, o meu ser se desfolha
E sinto o profundo perfume
Das folhas que são maceradas
Na vida, o meu ser se resseca
Percebo a memória quebrando
Pedaços que nunca se encaixam
Na vida, meu corpo é um livro
Onde tudo que sou está escrito
E que sempre mantive fechado!
Na vida, as dores estão numa ponta
Na outra estão alegrias
São partes da mesma gangorra
Na vida... a vida é tudo que importa
Estar presente, de pé, respirando
O resto: uma – linda ou triste – ilusão.
(Djalma Silveira)