Sem explicações

Segunda feira,

Inicio da semana.

O fim de tarde

Mais imperfeito que tive...

A certeza de determinada presença

Incomodava-me,

Prendia-me num porão

De pensamentos.

Procurei ignorar

Mas era inútil.

Disseram que o momento

Era somente meu.

Sendo assim,

Por que demonstrar

Tamanha aflição?

Talvez fosse inevitável

O encontro que originou

Um possível desencontro...

Uma correnteza

Parecia me arrastar.

Procurei me esconder

Atrás de um portão,

Mas era tarde!

Quis ser indiferente...

Foi impossível!

Estava distante,

Mas presente.

Procurei um dicionário

De pensamentos,

Mas não existia...

Meu mundo passou a girar

Em sentido contrário,

Duas vezes mais lento.

O céu desabou sobre mim,

E o chão, onde foi parar?

Hoje escrevo estes versos

Com imensa dificuldade.

Tenho dúvidas,

Pensamentos quebrados,

Sem sentido algum.

Foram horas e horas perdidas,

Pensando em nada.

Será que algum dia

Encontrarei explicações

Para minhas viagens?