DESCONHECIDO A PROCURA DO CONHECIDO
Hoje irei abraçar o desconhecido
Voar entre o arranhacéu
Por um instante abandonado
Pelo meu criador
Hoje irei abandonar minha responsabilidade
Abraçarei minha ingenuidade
Cantarei junto ao pé de um salgueiro
Em harmonia com o sabiá
Caminharei a um penhasco
Levantando meus braços
Chorarei ao meu criador por
Ter saído aos oito meses de gestação
Do ventre da minha mãe ausente
Hoje irei abraçar o desconhecido
Bem mansamente
Esperando que o desconhecido
Venha e me dê
Uma resposta bem perto dos
Meus ouvidos
Para que ninguém ouça o conhecido.