Mais um dia
Intensidade... mortilência...
sonolência de um morto febril.
Delirantes são os sonhos
da morte última
de um coração desumano.
Dias vorazes consumíveis
que nos invadem familiares
de faces reconhecíveis
sombras de matas ciliares.
A violência da amplitude
de juventude funesta, vespertina
de graves volumes de moscas
da chaga que se abomina
da velhice decrepitude.
A morte de cada dia
torna cada aniversário um sonho
de se ter a eternidade fugidia
pra viver esse momento tristonho
de uma realidade... esse rio
que sorrio por entre outras lágrimas
retinas de um olho esbugalhado, pungente.