Os elos das construções

Tão comprido, inefável

Como as estranhas macieiras

Singelo apenas, em vãs maneiras

De jeitos outros faz-se formidável

Azulejos de cor ou sem ela

É frio, escuro, quase dois

De um lado amargo é depois

As portas pintadas de amarelo

Fazem parte de um casebre

Talvez quem sabe um castelo

Carrega passos, chinelo

Vagarosos ou rápidos de lebre

Concentram todo pensamento

Fazem os corpos se tocarem

São estreitos, permitem amarem

Os olhos que dividem o tempo

Não quero saber se é profundo

De tê-lo ou não tê-lo então

Vivos, escuros, frios são

Os corredores do mundo