Prisioneira
Viva, em risco iminente.
De sair a rua girando
Enlouquecendo toda gente
Morta insepulta nas tardes geladas
Quando trancafiada em
rotinas burocráticas.
Ironicamente ressucitada
Em gotas de chuva
E raios de sol
e na luz da lua, liberta
Sou casta sou pura
Devassa e impoluta
Vazia e completa
Mas um ano me resta
SEm motivo de festas
Solidão que devora
a razão sem demora
limites me cercam
Num sem fim que apavora
Prisão sem grades
jardim sem flores
verão sem sol
Nudez da alma.