Prisioneira

Viva, em risco iminente.

De sair a rua girando

Enlouquecendo toda gente

Morta insepulta nas tardes geladas

Quando trancafiada em

rotinas burocráticas.

Ironicamente ressucitada

Em gotas de chuva

E raios de sol

e na luz da lua, liberta

Sou casta sou pura

Devassa e impoluta

Vazia e completa

Mas um ano me resta

SEm motivo de festas

Solidão que devora

a razão sem demora

limites me cercam

Num sem fim que apavora

Prisão sem grades

jardim sem flores

verão sem sol

Nudez da alma.

Priscila Canedo
Enviado por Priscila Canedo em 31/12/2010
Reeditado em 23/09/2013
Código do texto: T2701073
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