De mim
Tranquei meus versos
Ásperos meus olhos, dias
Visgo que me prendia
Triste que sigo em alma
Sem calma, palavra nua
Navalha o peito encrava
Em sombras a luz estava
Sonhando no que pensava
O nó ata se ninguém lia
Eu me via assim, em mim
Apegado ao que não sei
Recordo o que não fui
Não fui eu
Nesse tempo sem mim
Meus versos a sós eu via
Repetindo o som do silêncio
Na voz oca em meu canto
Nada disso eu entendia
Nada me valia