Comunicador de sentimentos

Brinco de ser poeta

sem saber brincar

Mexo aqui

Ajeito ali

Dou vida

ao meu querido Frankstein.

Viro as costas aos senhores das letras

e desnudo-me pecaminosamente

na simplória fogueira das confissões.

Trajo meu quase poema

em camisa xadrez de flanela

acaipirando sua forma imperfeita.

Saio a cuspir lirismo melodramático

com a emoção de um canastrão mexicano.

Depois de puxar, repuxar, refazer

e voltar a fazer a mesma bosta

demito-me de ser poeta

para me tornar apenas:

COMUNICADOR DE

SENTIMENTOS.

Thiago Cardoso Sepriano

ThiagoCardosoSepriano
Enviado por ThiagoCardosoSepriano em 06/01/2011
Reeditado em 06/01/2011
Código do texto: T2712674
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