Comunicador de sentimentos
Brinco de ser poeta
sem saber brincar
Mexo aqui
Ajeito ali
Dou vida
ao meu querido Frankstein.
Viro as costas aos senhores das letras
e desnudo-me pecaminosamente
na simplória fogueira das confissões.
Trajo meu quase poema
em camisa xadrez de flanela
acaipirando sua forma imperfeita.
Saio a cuspir lirismo melodramático
com a emoção de um canastrão mexicano.
Depois de puxar, repuxar, refazer
e voltar a fazer a mesma bosta
demito-me de ser poeta
para me tornar apenas:
COMUNICADOR DE
SENTIMENTOS.
Thiago Cardoso Sepriano