Fim de tarde;

Seus olhos me hipnotizavam. O que dizia me arrastava para dentro de si.Os tons suaves dos cabelos reluzindo ao sol, as pontas dos dedos, quase translúcidas.

O sorriso branco e o carvão nas mãos. Pintava o próprio rosto sem perceber...Sorria com o canto dos lábios.

O turbilhão de cores realçadas pela luz vibrante,

A folha antes imaculada. Em meu peito floresciam os teus olhos.

Meu âmago em rebuliço na tua presença.

Tremia.

O que há de ser será. Lia.

Mas nada ali composto reconfortava;

Nublado, se extinguia o sol.

O peito pesado, a ausência profunda.

Tristeza líquida me escorria dos olhos.

Calor do corpo nas colchas amarfanhadas.

Um par de mãos sozinho.

Não ressoavam gargalhadas.

Era único o suspiro.

Arya
Enviado por Arya em 10/01/2011
Código do texto: T2720880
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