Janeiro, já
o gelo desceu
ao fundo das ervas mortas
e cravou agulhas nos meus passos.
dói-me o ar que respiro,
o sol distante
estende-me os braços,
mas é sub-humano o meu esforço
para o alcançar...
gelo, à beira da estrada,
e o céu cobre-me de cambraia
azul.
talvez seja Janeiro já,
no calendário samaritano.