Janeiro, já

o gelo desceu

ao fundo das ervas mortas

e cravou agulhas nos meus passos.

dói-me o ar que respiro,

o sol distante

estende-me os braços,

mas é sub-humano o meu esforço

para o alcançar...

gelo, à beira da estrada,

e o céu cobre-me de cambraia

azul.

talvez seja Janeiro já,

no calendário samaritano.

Teresa Teixeira
Enviado por Teresa Teixeira em 13/01/2011
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