Repoema
As velhas vias foram lavadas
amores virão, novos e limpos,
e devem ser fortes e suportar
a velha carga do mundo...
mas o tempo, senhor dos bacanais,
insinua que a vida apenas continua
e as marcas no nosso rosto
não serão suavizadas pelo vinho...
A máquina tem engrenagens gastas
e nossas mãos,
há muito, já não são castas
O novo tempo não é mais que uma velha amante
envolta em vestes sedutoras
e o paraíso que em seus olhos insinua
reflete a embriaguês abrasadora das bacantes
e o homem, pobre Penteu...