INGENUIDADE...
Quero uma mulher que me procure
se dispa e me escute.
Caia na cama, no chão, na lama, na grama
e não se cale. Grite! Grite! Gite!
Fale insistidamente que é minha propriedade,
que me quer e logo se vá... e tão logo se volte...
eternamente virgem, sempre que a saudade reclamar
no desvario de me consumir...
E quando estiver ao meu lado,
esqueça o passado e entregue-se-me
à fúria apaixonada fingindo que não me quer.
E nesses momentos de puro sexo,
cheiroso, ardente, lento e abrupto,
só nós dois interpretaremos à vida
para cair no delírio eterno de gozar...
06/04/1999.