Em mim mesmo

E eu vou andar

Nas chamas da minha própria alma

E até lá serei vil e forte no caminhar

Crescendo e amando o tudo que há de provir

E vou procurar mais um novo amor por aí

Pois este coração não pára de gritar em cor

Cores de Dalli, daqui, do nosso

E o meu coração ainda é cálido de tanto amar

Mas ainda sou vil e forte

Como aqueles ventos derradeiros e dangeroríssimos

E eu ainda tenho passado pelo chão de pedras: derradeiro

E eu ainda continuo a possuir sons e ondas de sentimentos reversos

Reverbero e edito qualquer noção do som do ohm

Não quero saber do meu inicio, nem do meu fim: a minha vida basta então!

E eu vou tentando e conseguindo me obter em mim

E vou me criando como Deus-Pai teve me dado

E eu sou alegre e triste; vil e forte

E canto porque o cantar é envaidecer

Minha chama de alma comburente e combustível e tudo e nada; flogisto!

Sendo a nossa vez de conviver em cada coração insensato

No limite lânguido e longínquo da leveza

Vais vazando vil os vórtices velozes de tuas vozes

Fazes, fielmente, o feito de fatos

Amor, ame e abasteça o álamo de tua alma aspirada

E o ocaso, enfim, chega a sua derradeira emoção

No sol, em surdina, esconde toda a dor em conseguir brilhar; o quanto é difícil!

Brilhou, apenas!

E agora sou livre e substancialmente triste, vil, forte e alegra; cheio em mim mesmo!

6-06-2006

iuRy
Enviado por iuRy em 30/10/2006
Código do texto: T277243