Aos poetas suicidas (P/ Antero de Quental/ Florbela Espanca/ Torquato Neto e Ana Cristina César)

Deusa nua e marginal

de nome Felicidade.

Fizeste de mim

o mais cético

e amargo dos homens.

Flamejas fulgurante

no peito do homem torpe.

Deusa fugaz

das breves horas

de brilho efêmero.

Estais na brasa

que acende os caminhos

da manhã.

Mas tua luz é sempre menor

que o ideal.

Mentiste para mim,

para todos os injustiçados

e crianças molestadas,

para o poeta atormentado

que se matou.

Thiago Cardoso Sepriano

ThiagoCardosoSepriano
Enviado por ThiagoCardosoSepriano em 12/02/2011
Código do texto: T2788544
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