Aos poetas suicidas (P/ Antero de Quental/ Florbela Espanca/ Torquato Neto e Ana Cristina César)
Deusa nua e marginal
de nome Felicidade.
Fizeste de mim
o mais cético
e amargo dos homens.
Flamejas fulgurante
no peito do homem torpe.
Deusa fugaz
das breves horas
de brilho efêmero.
Estais na brasa
que acende os caminhos
da manhã.
Mas tua luz é sempre menor
que o ideal.
Mentiste para mim,
para todos os injustiçados
e crianças molestadas,
para o poeta atormentado
que se matou.
Thiago Cardoso Sepriano