Uma meia furada
Da meia furada,
um dedo espia o chão
e se assusta em meio
à meia verdade e meia...
Se o pé fosse um jornal,
o FURO até valeria...
mas, em não sendo,
o FURO é só uma perda,
chorada, sentida,
vociferada, repetida
na tecitura cansada...
E o dedo, espremido
entre os outros dedos,
vê a luz através
da janela da meia furada...
Universo onde o FURO
é quase tudo
e a meia
é QUASE NADA !!..