Lendas...

O mar salgado, em contramão, diz ao vento que a estrela encantada não saiu do nada!... Diz, bem pertinho do ouvido, que ao namorar no infinito, o mar e a estrela mais bela geraram a estrela-do-mar.
Composta e aerada criança, que destina saborear as ondas... Que arranha-se, aranha mansa, a detalhar a areia mais fina...
Rendas e Lendas... Para acompanhar o amor feito em arrepio e sorrisos... Suor e brilho... Amor... Amigo.
Nas crinas de um vento forte... Navegar em costas desnudas... Olhar o caminho de pintas... Esconder-se no ponto secreto do destino.
Presenteio o pescoço em apenas uma pinta... O beijo lançado ao correr da pele...
O perpétuo olhar em fogo ardente... Em voltas e voltas de pernas e braços.
Cadência... Cadente riso... Círculo em pontas... O apontar das escolhas.
A lenda em porosa criança... Mais alguns ditos, dos pares de um amor perfeito.
Ao olhar o mar para o infinito, encontra a estrela ou ciprestes... Declina-se ao vento e agarra-se aos nós das cicatrizes...
Não se valem de males... Arriscam-se os demais goles... Agarram-se apenas ao amor que dizem... Apagam os venenos da alma flácida...
Eles, o mar e a estrela, em cinco pontas, deixaram a pérola... Deitando-se à dança, cigana... Argolas.



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