Quanta saudade há em mim

"Mote"

Quanta saudade há em mim

Do nosso tempo...de ti, Amor

Enebriados éramos assim

Da Terra inteira em Flor

I

Como um poema nascido

De um milagre da Natureza

Também eu tive a certeza

Do bem em te ter conhecido

Do nosso amor amadurecido

Ancorado num cais de festim

Acenando lenços de Jasmim

Partiste num dia de Janeiro

Deixaste-me neste veleiro

Quanta saudade há em mim

II

E nesta ténue lembrança

Dos dias de amor vividos

Dos ramos agora recequidos

Esta minha longa Esperança

Que um dia voltes enebriado

Do nosso amor recordado

Vivido com todo o folgor

Espero-te com muita ternura

Saudosa de toda a candura

Do nosso tempo...de ti, Amor!

III

Reter-te amor é meu objectivo

Em meus dias e ânsias loucas

Sendo todas as horas poucas

Sinto-te nos dias que não vivo

E ter-te mais tempo comigo

Rabisco, poemas sem fim

Desfiando retalhos de mim

Do nosso tempo passado

Agora e para sempre recordado

Enebriados éramos assim

IV

Corríamos campos abraçados

Beijando o sol que nos sorria

Era assim... uma harmonia

Era o Amor que nos embalava

O pôr-do-sol nos abraçava

Indistrutível o nosso amor

Éramos quimeras e fulgor

Espargindo p'lo roseiral

Tal um aroma divinal

Da Terra inteira em flor

Cecília Rodrigues_2006

""In_Veleiro de saudades""

www.cecypoemas.com

Cecília Rodrigues
Enviado por Cecília Rodrigues em 06/11/2006
Código do texto: T283245
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